sábado, 28 de maio de 2011

Árvore dos sonhos





Há dois dias fui demitido, e também "trapaceado", pelo meu diretor, uma pessoa que eu considerava, senão, absolutamente honesta, pelo menos digna de algum respeito, mas esta mesma pessoa tocou na minha mão e me perguntou: "Olá, André, tudo bem?", com um largo sorriso no rosto, isso, já tendo feito me pedido de desligamento da empresa, por um motivo que não me foi explicado. O que se pode esperar de uma pessoa que olha nos seus olhos como se nada tivesse acontecido, horas depois de planejar um evento para prejudicá-lo?
No dia seguinte um cara que eu cosiderava, não um amigo, mas um colega, que eu esperava que tivesse, senão honestidade, ou algo do tipo, pelo menos dignidade... Enfim, esse cara estava sentado em minha antiga mesa ocupando meu antigo cargo. Enfim... Eu sei que as pessoas são assim; mesquinhas, gananciosas, mas sempre há um momento em que se espera mais, talvez um dia eu veja atitudes limpas nessa terra... Enfim... Formei um novo grupo de teatro e tudo vai indo bem. Conseguimos boas parcerias e os textos estão fluindo muito bem. A ideia de passar uma mensagem boa para as pessoas que quiserem ouvir está fluindo muito bem - como música. Em breve terei minha primeira publicação e confio sinceramente no meu talento (e mais do que isso no meu amor por aquilo que faço) e vou seguir minha vida com isso... Fazendo o que gosto. Não pretendo mais ter esses trabalhos "comuns" em que você dá seu sangue para que magnatas arrogantes e indolentes enriqueçam, onde você, por mais que se destaque não tem a mínima chance de crescer e se desenvolver... Vou por meus sonhos em prática, viver e me alimentar deles... E que os outros, infelizmente, definhem em suas criações de ganância e presunção...
Hoje eu plantei a semente e logo a árvore dos sonhos vai crescer...
Que os outros continuem com seus frutos podres...





- André Walker -

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ladrões de sonhos...

Cada um de vocês tem um sonho. Alguns tem vontades vagas, outros, por sua vez, tem desejos pulsantes e inquietantes. Alguns se esforçam para alcançar seus sonhos... Outros param; alguns preguiçosos; alguns amedrontados diante da dificuldade da vida; outros frustrados e desiludidos depois de eventuais fracassos (que eu prefiro chamar de "experiência de melhoramento". 
Nosso planeta é habitado por uma legião de monstros - que, na calada da noite, saem em busca de vítimas - Alguns monstros roubam sua saúde (estes são alimentados por nós mesmos). Alguns roubam a alegria. Há, também, aqueles que roubam vidas... Mas de todos os incontáveis monstros que vagam, à margem de nossa visão, os piores são os Ladrões de sonhos... Só existem duas maneiras de escapar dos Ladrões de sonhos. Você pode ser forte e resistir a eles, mas se não puder... Se não puder você deve esconder, seus sonhos, deles...
Estão por toda parte, a espreita, esperando que um desejo se revele próximo para que eles possam ceifá-los. E assim muitos sonhos se perdem... Sufocados por palavras de desânimo e pessimismo. Mas cabe a você eliminar esses monstros - permanecer distante deles. Suas palavras tem o poder de desviá-lo de seus objetivos... Fazer com que pareçam distantes e inatingíveis. Por muitas vezes, até mesmo, pessoas a quem amamos podem se tornar Ladrões de sonhos... "Escrever? Você vai morrer de fome com isso". "Cantar? Você sabe quantas pessoa conseguem chegar a...". "Estudar teatro? Você sabe quantos atores conseguem...".
As palavras de decepção se multiplicam, se tornam altas e poderosas por seu número e volume, mas é aí que você deve se agarrar aos seus sonhos... São muitos os que deixam a felicidade escapar por entre as frestas dos dedos por não conseguir manter-se firmes diante dos Ladrões de sonhos...
Você precisa se livrar deles... Deixar que suas vozes desapareçam... Antes que seja tarde...


- André Walker -

segunda-feira, 16 de maio de 2011

É estranha... A mudança - Inspira, frequentemente, mas assusta, incomoda às vezes - alguns de nós esperam as mudanças, pedem, buscam, rezam por elas. Alguns simplesmente compreedem, "aturam" a mudança. Outros... Outros, não... Evitam, detestam, abominam qualquer mudança. Neste jogo eu me encaixo no primeiro e no último exemplos. Por algumas coisas eu espero. Outras... Não desejo jamais - e quero longe de mim.
Até agora quase tudo mudou. Algumas coisas sairam de seus lugares, outras permaneceram lá, mas foram tranformadas até se tornarem irreconheciveis. Pra algumas nem ligo. De outras sinto falta e realmente as queria de volta... Alguns dias que se foram... Quando eu acordava de manhã e o café estava sobre a mesa - como se pães, leite, toalha e biscoitos tivessem brotado da própria madeira - por um lado era muito bom ver as boas coisas e não saber exatamente de onde vinham. Tudo de bom era como um presente, manifesto, dos recônditos mais mágicos da imaginação... As coisas era simples e incríveis, pequenas e infinitas, invisíveis e multicoloridas. Lugares maravilhosos que mais ninguém podia ver. Sensações, sorrisos, visões e sabores... Roubados pelo tempo...
Crescer é bom... Ser dono das próprias vontades... Ruim, também, por descobrir coisas demais.
Crescer é bom... Não sonha, apenas, mas trazer seus sonhos à realidade, mas é ruim, também, porque às vezes os sonhos se distorcem quando a infância se vai e aí... Aí deixamos de ser sonhadores e nos tornamos prisioneiros de nossas próprias fantasias...



- André Walker -

sábado, 14 de maio de 2011


Se a Casa Branca já admitiu tantas mentiras ...

... é lícito duvidar do que resta como verdade: será que ele morreu mesmo?

 




Por: Leonardo Attuch

 

Mentira número um: Osama Bin Laden estava armado quando foi morto. A Casa Branca já desmentiu. Mentira número dois: o terrorista usou uma mulher como escudo humano. A CIA desdisse o que havia dito. Mentira número três: a execução foi assistida ao vivo pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seus mais próximos assessores. Também negado.
Se três mentiras já foram contadas pelas mais altas autoridades dos Estados Unidos, por que haveríamos de dar crédito ao resto? Aliás, se Osama não ofereceu qualquer resistência e não usou ninguém como escudo humano, num filme que era assistido por online por Barack Obama, por que haveria de ser morto, se poderia ter sido facilmente capturado? E por que, uma vez morto, teria tido seu corpo atirado ao mar?
Com ares civilizados, Obama alega que seu quase xará Osama “não é um troféu”. E que não faz sentido exibir ao mundo sua foto – uma imagem que seria “aterrorizante” – para não despertar desejos de vingança. Mas por que então os Estados Unidos exibiram as fotos dos dois filhos de Saddam Hussein quando ambos foram assassinados, na invasão do Iraque? Aliás, que pudor um país de Rambos e cowboys, que exporta sangue nas telas de cinema todos os dias, tem em mostrar cenas assustadoras? E se Obama é mesmo tão civilizado, por que não submeteu Osama a um julgamento? Basta lembrar que, na era do vilão George W. Bush, Saddam Hussein só foi enforcado depois de um processo judicial, conduzido por autoridades locais.
O fato é que nunca se saberá ao certo o que há por trás das razões de Estado norte-americanas. Uma pista foi dada por George Tenet, que foi diretor da CIA na era Bush, rompeu com o ex-presidente e escreveu o livro “At the Center of the Storm” (No Centro da Tempestade). Ele, que estava lá quando as torres gêmeas foram abatidas, disse que no dia 12 de setembro de 2001, um dia depois do ataque, ouviu de Richard Perle, principal assessor internacional de Bush, que o Iraque teria pagar por isso.
Depois disso, veio a “guerra ao terror”, ancorada na maior de todas as mentiras já contadas pelos Estados Unidos: a das armas de destruição em massa do Iraque. Hoje, qualquer criança sabe que o real objetivo da invasão era se apoderar do petróleo iraquiano, assim como há também um componente neocolonialista no caso presente da Líbia.Quer um palpite? Bin Laden não morreu. Está vivinho da silva e não morava naquela fortaleza protegida por militares paquistaneses. Ele vive no subsolo do Pentágono, guardado por oficiais americanos. Absurdo? Sim, é absurdo. Mas o fato é que, nos últimos dez anos, seu fantasma serviu mais aos interesses econômicos dos Estados Unidos do que a qualquer causa antiamericana

 

domingo, 8 de maio de 2011

...Estações

Hoje acordei e a luz do Sol não entrava pelas frestas de minha janela - Ao invés do calor, quando abri a janela, vi um dia nublado, dos menos desejáveis por aqueles não muito hábeis a se adaptar. Eu ao contrário da maioria sei aproveitar todas as estações e um céu cinzento e, para alguns, sufocante não é o suficiente para me intimidar. O vento era frio e vesti roupas pesadas - que davam uma sensação de proteção; como uma fogueira numa noite fria. As árvores, desfolhadas ou então de folhas amareladas, tinham sua beleza, uma beleza agradável aos olhos de quem sabe como olhar. Uma beleza que não perdia em nada para as flores e suas explosões, multicoloridas, de vida, da época do verão. Cada dia com sua cor, cada época com sua atmosfera. Não se pode esperar que o clima seja sempre igual. As estações vem e vão - passam por nós, e nós por elas. Minha manhã foi tão alegre como qualquer outra e a visão do outono tão privilegiada quanto a dos mais belos verões ou das mais coloridas primaveras. Talvez o segredo seja a indistinção da beleza. A abertura da mente a visões atípicas. Reconheço que gosto dos dias frios, dos dias cinza - Os sabores parecem mais acentuados e o tempo parece correr devagar - para que nós o olhemos e o entendamos, o apreciemos. Não discordo daqueles que preferem os dias quentes (embora estes não me agradem), ou mesmo os que se sentem bem nos dias chuvosos. Minha opinião se mantém, os dias frios e cinzentos de outono são a época feita para mim, mas quando eles se vão e vêm o calor escaldante ou a chuva torrencial não se pode reclamar. Tem-se que viver e fazer o que se pode com aquilo que se tem e assim se viverá bem.



- André Walker -

Mother's day...


sexta-feira, 6 de maio de 2011

A primeira chance

http://editora.estronho.com.br/index.php/noticias-e-notas/375-selecao-final-de-vii-demonios-soberba





Depois de longos anos...

Minha primeira publicação...



The spirit never dies!



- André Walker -

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O demônio o e sábio

O homem caminhava por uma velha estrada de paralilepípedos - prestes a completar seu centésimo aniversário - ele voltava de uma de suas viagens, comuns naqueles tempos antigos quando as pessoas viviam mais e mais fortes, provavelmente a última. O tempo já não era mais uma paisagem tão vasta, a diante, e a dureza dos anos que se foram pesava sobre seus ombros; assim como os dias e meses de sonhos e sorrisos e a sabedoria tão espontânea que a da de presente àqueles que sabem onde procurar, resvalavam nos cantos de sua mente.
Assim como fazem os verdadeiros sábios, não se vangloriava de seu conhecimento sobre as coisas da vida, passava à frente o que sabia, com a naturalidade de quem ainda aprende mais do que ensina. Vivia numa época em que as viagens eram mais longas e se via o mundo com mais atenção.
Pela primeira vez, desatento, o velho homem voltara a visão para dentro de si mesmo, alheio ao mundo externo.
Quando se deu conta uma figura caminhava ao seu lado.
- Vejo que reflete sobre algo. Me parece importante. - disse o homem jovem ao ancião.
- A vida. Eu penso nela para não me esquecer de quem sou. O agora é um resultado do que se foi antes e uma perspectiva do qu será no futuro. O presente é feito de passado e futuro.
- Mas no seu caso não há tanto futuro pela frente para se ponderar. - disse o homem com um sorriso pernicioso.
- Sei disso, mas vivo com aquilo que tenho. Se o presente é uma realidade e o futuro é uma ilusão, então eu prefiro me ater à realidade.
- Covardia? Ou um truque para não enfrentar a realidade do fim? - alfinetou o homem de aura malígna.
- Não há fim. - respondeu o velho homem, austero.
- É certo que há. Não imagino que um homem possa ter longevidade muito à diante da sua. - replicou o jovem com ar de quem tem um argumento definitivo.
- É simples... Não devo pensar no fim como um tormento. É natural, como respirar. E nada que é natural pode ser ruim ou assustador, verdadeiramente.
- Se soubesso o que sei; se visse o que vejonão estaria tão certo de seu argumento.
- Eu sei mais que muito e menos que muitos que sabem mais, e isso é tão natural quanto morrer ou repirar; um sabe menos e outro mais, mas ninguém sabe tudo. Provavelmente os conhecimentos se completam... Seria peigoso que apenas uma pessoa fosse dona de todo o conhecimento do mundo.
O homem jovem fingiu, com a mão no queixo, ponderar e deliberar sobre algo (que na realidade já pretendia fazer).
- E se eu lhe oferecesse uma troca? - os olhos refulgiam de malícia.
- E qual é o acordo? - perguntou o ancião sem se interessar pelo produto dele, mas sim pela atitude da figura.
- A vida eterna em troca de suas tão prezadas memórias. - sorriu o homem com suas vestes cirurgicamente brancas.
- Não. - disse o ancião sem sequer pensar sobre a proposta.
- Mas que tolice é essa, homem? Recusa a eterna juventude e vitalidade! A possibilidade de ver eras se sucederem, até o crepúsculo do mundo!
- Não é o tempo...
- Insano... Sua mente deve ter sido tomada por uma loucura que até mesmo eu desconheço. - interrompeu furioso.
- Imagine só. - disse o ancião, mais para si mesmo do que para o estranho acompanhante - Se o beijo na mulher amada fosse dado como eterno, se os momentos de alegria ao lado da amigos durassem eternamente... Será que os aproveitaríamos da mesma forma?
O pérfido acompanhante permaneceu em silêncio e o ancião prosseguiu.
- Não é tempo o que realmente importa, mas a intensidade.










- André Walker -