sexta-feira, 30 de abril de 2010

Talvez não seja, o tempo, o senhor das coisas
Mas, as coisas senhoras de sí mesmas. E nós à observa-las. Alguns,
ansiando pelo protagonismo. Para passar de notas, à regentes da melodia.
De nuvens que passam, ao Sol que ilumina o dia, seguros, à salvo do abismo entre o querer e o poder. O ter e o conquistar. O permanecer e o querer ficar
Nessa irracionalidade simétrica a vida segue. Não há quem não a experimente.
Mas ainda assim há quem a negue. Supere, aguente ou renegue.
Mas se a visão dos olhos falha, a visão da alma não mente. E a prova se faz por sí só. E eu, que um dia estive a deriva, agora não me vejo mais só. E a dúvida esvae-se
ao pó. Quando o tempo vem e passa e com tempo desata-se o nó.

domingo, 25 de abril de 2010

ignorância...

Se um dia me fosse perguntado qual é o problema dos humanos. Eu diria, sem dúvidas, sem ressalvas: Ignorância. Nos dicionários Ignorância é definida da seguinte forma: Falta de ciência ou saber; falta de instrução; estado de quem ignora.
Os humanos ignoram as reais leis que regem tudo e todos. Ignoram uns aos outros. Ignoram e por vezez até abominam toda sabedoria, que não a sua própria. Desdenham as crenças uns dos outros. Limitando-se acreditando que sua verdade é a única pelo simples fato de ser sua. Religião, política tudo se torna motivo para desavensa para conflito. A ignorância humana inverte os sentidos das coisas de tal modo que a própria liberdade se torna uma forma de custódia. "Falta de instrução"; nós não buscamos nos instruir a respeito das condições, das razões alheias. Não nos infiltramos nas mazelas alheias para ao menos entende-las antes de julga-las. Nós não entendemos o outro pelo simples fato de não tentarmos, não querermos. "estado de quem ignora"; nós ignoramos aquilo que está exposto à nossa frente, tudo o que temos que fazer para tocar a verdade é esticar as mãos, mas ao contrário disso nós as recolhemos e preferimos viver nessa cegueira social, nessa cegueira espiritual, nessa cegueira auto-imposta.
"Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou."


- J.R.R Tolkien -

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Diga-me com o que sonhas e te direi quem és


Há de se caminhar pelo túnel ainda que no fim não se veja luz.
Talvez seja noite ainda e a luz se faça depois. Mas, aquele que não caminha
através do túnel, se dia ou noite lá fora, não pemitirá a sí mesmo descobrir.
Há de se dormir, ainda que o sono guarde pesadelos também. Mas aquele que não fechar os olhos privará a sí mesmo do sonho, que está lá, as avessas do pesadelo.
Há de se viajar, ainda que no caminho possa-se perder a sí mesmo. Mas aqueles que não viajam para que não se percam, não se perderão de fato. E no "não se perder", desperidiçarão a chance de encontrar a sí mesmos ao fim da jornada.
Diga-me com o que sonhas e te direi quem és...



- André Walker -
Ai, como ouro caem folhas ao vento, longos anos inumeráveis como
as asas das árvores! Os longos anos que se passaram como goles rápidos do doce
hidromel em salões altos além do Oeste, sob abobodas azuis de Varda
onde as estrelas tremem na cação de sua voz (...)


- J.R.R Tolkien -

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Não sei quanto tempo vai levar
Pro tempo vir me levar ao lugar onde quero estar
As vezes não lembro por quanto tempo esperei
As vezes me lembro de coisas que não sei
As vezes me esqueço de não pensar
As vezes penso sem mesmo saber
As vezes...



- André Walker -

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Algumas coisas são assim; imagens que vem e passam, e depois o que se guarda são as cores daquilo que se foi... Algumas ficam. Nem desbotam nem se danificam, o tempo não as leva, não muda, nem apaga. Vem a calma e vai a mágoa.
Mas aquilo que o tempo leva é que não tinha que ficar. Por todos, ou nenhum motivo. Sem hora, sem lugar... Se se foi, é porque não devia mesmo ficar. E o que veio, veio pra nos acalmar, iluminar, nos fazer sorrir. A dor com o tempo passa, a lágrima na brisa seca quando o Sol da o ar de sua graça. Porque o medo vem e passa e o desatino um dia se acaba quando a noite vai embora e um dia novo nasce, e a aí, a alma sorrí... E se chora é de alegria, porque a noite vai embora, e amanhã é um novo dia...



- André Walker -

domingo, 11 de abril de 2010

A vida não dá respostas imediatas pra tudo...
Certas perguntas são mais importantes que as próprias respostas.
Barreiras, impecilhos não são castigos, eles estão aí pra serem ultrapassados assim como o que há de bom está diante de nós pra ser aproveitado.
Se você ganha na loteria, você não questiona: "Ai meu Deus! Por que comigo?". Mas se você perde a carteira (ainda que por descuido ou por ter sido relápso) aí sim, aí sim você questiona: "Ai meu Deus! Por que comigo?".
Tenha, simplesmente, a gentileza de entender. Seja gentil com a vida, seja gentil com si mesmo. Seja gentil, entenda, esqueça... Esquecer não é o mesmo que perder, não é o mesmo que ser derrotado. Esquecer é uma maneira de vencer, de certa forma. Se algo te sufoca, se algo permanece imcompreensível por mais que se tente entender, esqueça. Em algum momento isso será compensado, as coisas tem um modo coerente de acontecer, nada é tirado de você sem que algo esteja a póstos pra substituir a perda... Aceitar essa substituição depende da sua gentileza, pra entender, compreender, e esquecer... O que se foi se foi... Ta acabado.
Seja gentil, não tenha pressa. A pressa sufoca, a pressa busca respostas que ainda não estão aqui pra serem mostradas. Esqueça-as pelo tempo que for necessário, talvez por um mês, talvez um ano, talvez uma vida...
Seja gentil, não se prenda à desejos...
Seja gentil, não se prenda à pessoas...
Seja gentil, não se prenda à revolta...
Seja gentil, não se prenda à auto-imposições...
Seja gentil, não prenda à si mesmo.
Você quer que a vida lhe seja gentil... Já pesou algum dia em ser gentil com ela?
... Deixa isso pra lá cara, deixa pra lá, acabou. Sua parte nessa história acabou por aqui...

*Isso fui eu tendo uma conversa comigo
Descansar não é dormir, dormir não é sonhar. Assim como querer, não é ter, e ter não é conquistar...


- André Walker -

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sobre a dor, o amor e o tempo...

Se o mundo fosse um quadro, a dor seria os espaços sem tinta. os vãos, viezes e lacunas. Partes em preto e branco; um vazio que nós deixamos de colorir, mas que não estraga a beleza da obra, não a faz deixar de ser arte, apenas existe, porque assim o é e assim tem que ser, a arte só é arte porque abriga belezas e imperfeições, assim como nós mesmos somos: perfeitos em nossa imcompletude. Mas se a dor faz parte da arte e a arte é bela, a dor também o é. E é a prova de que nem tudo o que é belo aquece a alma, nem toda beleza é desejável, e nem todo desejo é belo, porque dos desejos vem muitas das dores...
O amor... O amor é como o fogo. Que nos aquece quando o frio ataca, mas que nos ataca quando as chamas saem do controle, que torna tudo em cinzas... Mas ao qual nós voltamos assim que a queimadura se cura, até que a próxima venha, ou que o fogo se controle. E sempre esperamos que um dia ele ilumine nosso caminho sem cegar nossos olhos, e nos aqueça sem nos queimar.
E por fim... Mas ainda assim em primeiro lugar, vem o tempo...
Se a vida fosse um livro, o tempo seria um capítulo no qual as próximas páginas estariam sempre em branco... Seria onde procuraríamos as respostas para as perguntas que fazemos a nós mesmos. O antídoto para o veneno do qual nos alimentamos. O fim e o início, a salvação e o vício ...