quarta-feira, 20 de abril de 2011

Para onde ir...

Eu gosto de falar sobre medos. Os medos são, a meu ver, o alimento de toda a coragem - porque se não houvesse medos não haveria força que estimulasse a coragem para enfrentar. Eu tenho um único medo, já tive muitos mais foram se perdendo, um a um, conforme eu me ví diante deles e assimilei os sabores; azedos, amargos, agridoces, enebriantes, venenosos. Já tive medo de estar sozinho, mas um dia quando todos se foram, ainda que estivessem ao meu lado, entendi que estar sozinho é estar com sigo mesmo e então esse medo morreu. Tive medo de errar, por muito tempo, então vieram os primeiros grandes erros e, assim como uma àrvore cujos galhos crescem mais fortes depois de ser arrancados, minha alma cresceu e tomou conhecimento de si, então esse medo chegou ao seu fim. Por vezes tive medo de perder, o que quer que fosse, mas quando vi as perdas se sucederem, uma a uma, e percebi o vazio, enxerguei nele, não uma lacuna, mas, um espaço a ser preenchido por novos sonhos. Por fim, resta ainda um medo... O de esquecer, de me tornar igual. Sou um analista de olhares e sei que quando se olha nos olhos de alguém, que não tem a consciência de estar sendo observado, esses olhos mostram o interior o que a consciência da observação oculta - e então o que vejo são olhares vazios, opacos, que refletem o interior de pessoas que não sabem quem são, de onde vêm nem para onde vão.

Um comentário:

  1. Eu acho que depende. O medo pode tanto dar coragem, como desencorajar a pessoa. A decisão vai depender da própria pessoa

    (Graaande André! Nunca tinha parado para pensar sobre as reais formas dos ETs...)
    Gosta de dinossauros? Seu Ross Geller! huahaua

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