domingo, 21 de março de 2010

Andar descalço sem que meus pés, ao caminhar, se firam
Sobre a grama verde ou o árido solo
A benção e o revés. O Sol após o pálido luar...
O inatingível ao alcance das mãos
E da visão de meus velhos olhos.
A calma de outros dias
O vento nas faces nuas
A luz da chama nas noites frias
Que eu recordo sem reviver
... O calor e sorrisos nos rostos. Outros dias, em outro tempo.
Onde a distância não se media.
Quando a alegria era o simples "não saber"
E os frutos tinham outros gostos
A fala, os risos, eram eles a melodia
E o silêncio era a única prece
Quando amores não tinham nomes e Deuses não tinham rostos.


- André Walker -



Eu tava lembrando de umas coisas de criança... Aí saiu isso...

2 comentários:

  1. - Quando a alegria era o simples "não saber"...
    _________

    Isso certamente me remete a relembrar minha intrinseca obseção por voltar a caverna. Acho que platão também nutre essa mesma vontade, porque uma vez enxergando a realidade, nunca mais seu mundo será o mesmo.
    É foda quando as coisas passam a ter sentido. É foda quando se tem que seguir as regras de um mundo que não aceita incluir-te sem julgar-te igual a todos!

    Sem mais,
    Curti o texto, men!

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  2. Uau *-*
    Cara, vc é um poeta!
    Belo texto, muito belo mesmo... adoro esse tipo de inspiração, a infância ^^
    É bem suave e toca diretamente o coração de forma incrível.
    Parabéns, vc vai longe :]

    Beijão!

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