domingo, 25 de outubro de 2009

Medos...


Por algum motivo eu frequentemente me inclino a pensar sobre essa palavrinha, para alguns incômoda, para outros assustadora e inspiradora para outros tantos: Medo. Muitas vezes paro pra pensar: "De que eu tenho medo?". E embora a cada pensamento e cada reflexão eu tire um conclusão diferente... Mas elas todas me levam a pensar que as coisas que de certa forma me assustam, não são nada parecidas com as coisas das quais as pessoas geralmente tem medo. Eu não tenho medo da morte por exemplo, ou do conceito de morte que nós humanos temos. Não tenho medo de perder. Não tenho medo de pessoas...

As coisas que eu temo de alguma forma, são coisas mais relativas, se é que se pode chamar assim: Um dos medos que tenho e que realmente me incomoda é o medo de não me fazer entender, de tentar passar uma idéia e não conseguir, isso é uma coisa que me incomoda e me causa uma sensação quase de sufocamento. Outro medo que as pessoas geralmente tem é o de ficar sozinhas, que é outro que também não me atinge; isso talvez seja reflexo de uma infância não muito popular!... O que de algumas formas eu considero que tenha sido até benéfica, ja que hoje como adulto eu não sinto aquela necessidade de estar "no foco", todos tem, ou terão seu momento de influenciar no curso das coisas em grande ou pequena escala, mas eu acho que não busco esse tipo de momento a não ser que seja necessário... A solidão as vezes até chega a ser notada por mim, mas certamente não me mataria. Como eu costumo dizer "não é a solidão que mata, o que mata é não saber o que fazer com ela".

Outro medo que eu observo com certa frequencia nas vidas das pessoas é o medo de não perder as coisas ou pessoas, ou o medo de não conseguir ter, ou chegar onde querem, no meu caso esse medo se manifesta de outras formas (claro que eu também não gosto nem fico feliz em perder coisas que quero ou em não consegui-las, também não sou tão tapado assim!... Ninguém gosta de ouvir um: "perdeeeu playboy"...), no meu caso o que realmente me atinge não é o medo de perder coisas, pessoas ou oportunidades, mas sim o medo de não ter a chance de lutar, e empreender todos os esforços possíveis em busca dessas mesmas coisas. Ser privado do direito de tentar é algo que realmente me assusta, em resumo: o medo de não poder tentar. Tem alguns filmes que me chamam a atenção por falarem justamente de tentar até "os últimos suspiros", um deles se chama "The Notebook" (eu não lembro o nome em português), ele conta a história de um casal cuja esposa tem um problema degenerativo de memória, e não se lembra de nada nem de niguém inclusive do marido, este, escreve um livro contando a história dos dois desde que se conheceram e lê pra ela todos os dias como uma tentaiva de estimular a memória dela e fazer com que ela se lembre dele, o máximo que ele consegue após ler o livro é fazer com que ela tenha um ou outro flash the sanidade que geralmente duravam uns 5 minutos, a leitura do livro durava um dia todo e com isso ele só conseguia ter cinco minutos em que a mulher se lembrava dele e o reconhecia, mas mesmo assim ele lia todos os dias e nunca parava de tentar, e o maior medo dele era que um dia perdesse a vontade de tentar (o que óbviamente não aconteceu). As vezes eu me sinto meio como esse cara do filme... Eu simplesmente acredito sempre que há um jeito... E meu maior receio é que chegue o dia em que eu pare de acreditar (o que eu obviamente acho que não vai acontecer). ^^

5 comentários:

  1. Deco, vc escreve o mesmo tanto que vc fala!

    Honestamente não li tudo, ainda.

    Estou aprendendo a fazer dos medos, desafio!

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  2. Eu falo muito porque gosto de ser explicativo --"

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  3. Concordo. Um belo texto, uma ótima reflexão, bastante profunda,rica e enfim. Muito bom.
    U bjo.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olha só..Concordo e como concordo. Este post foi fruto de uma conversa não foi?Rs já sabe minha opinião. Sabe, no fundo, a gente nunca desiste mesmo, é do ser humano tentar infinitamente. Mas chega um ponto, em que vc perdebe que o que está fazendo perdeu o sentido, e talvez tenha se tornado mecânico. Por mais que seja ajudar alguém, ou fazer algo realmente importante como construir um sonho, devemos enxergar o momento de parar, dar uma repensada, e ver se aquilo vale à pena para nós, por nós mesmos. Há a boa vontade, aamizade, e tudo o mais, mas nada disso existirá se deixarmos de existir. É como lutar para trazer a paz. Soa sem sentido, e de repente quando nos damos conta não temos nem as pessoas, nem a situação, nem o sonho, e o pior, nem nós mesmos. Já me perdi neste caminho, por outra, outras pessoas. E no fundo acabei traindo a mim mesma, pois quando me dei conta, não tinha mais a mim. Há um limite para tudo. Não devemos desistir de lutar, nunca, mas sempre devemos ter em mente, que reciclar nossos sonhos e se concentrar em cada dia ou momento nos ajudará a ver novas formas de conquistar o que queremos. Mas ates de tudo, devemos lutar por nós mesmos.

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