Se o mundo fosse um quadro, a dor seria os espaços sem tinta. os vãos, viezes e lacunas. Partes em preto e branco; um vazio que nós deixamos de colorir, mas que não estraga a beleza da obra, não a faz deixar de ser arte, apenas existe, porque assim o é e assim tem que ser, a arte só é arte porque abriga belezas e imperfeições, assim como nós mesmos somos: perfeitos em nossa imcompletude. Mas se a dor faz parte da arte e a arte é bela, a dor também o é. E é a prova de que nem tudo o que é belo aquece a alma, nem toda beleza é desejável, e nem todo desejo é belo, porque dos desejos vem muitas das dores...
O amor... O amor é como o fogo. Que nos aquece quando o frio ataca, mas que nos ataca quando as chamas saem do controle, que torna tudo em cinzas... Mas ao qual nós voltamos assim que a queimadura se cura, até que a próxima venha, ou que o fogo se controle. E sempre esperamos que um dia ele ilumine nosso caminho sem cegar nossos olhos, e nos aqueça sem nos queimar.
E por fim... Mas ainda assim em primeiro lugar, vem o tempo...
Se a vida fosse um livro, o tempo seria um capítulo no qual as próximas páginas estariam sempre em branco... Seria onde procuraríamos as respostas para as perguntas que fazemos a nós mesmos. O antídoto para o veneno do qual nos alimentamos. O fim e o início, a salvação e o vício ...
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