domingo, 31 de janeiro de 2010

Proibido

Não se ganha lamentando
A perda daquilo que não se tem
Sem amarras, sem destinos
Novas metas, velhos hinos
Do passado, as ilusões não se mantém
Passo a passo, a caminhar
Sem olhar, nunca pra trás
O passado se abandona quando um futuro se faz
Repetindo à sí mesmo "proibido lamentar"
Sem amarras, sem destinos
Velhos cantos, novos hinos
Do passado aprendizados se retém
Uma vida sem limitações
Sempre em mente, um novo dia
Pra mudar velhas opiniões
Tudo aquilo que se via
Simplesmente não se aplica mais
Novas metas, novos hinos
No lugar de simples distrações
Repetindo a sí mesmo "proibido lamentar"
Não ha fim sem um início
Então por que pensar?
Novas vozes vem surgindo
Pra inverter velhas razões
Vozes repetindo
Pra mudar velhas opiniões
Não ha fim sem um início
Então por que pensar?
Não a fim sem um início
Então por que pensar?
Então por que pensar...?



- André Walker -

Autonomia

Honestidade pra manter o sangue quente...

Algumas coisas se tornam vícios... Pessoas tem certos vícios, certas coisas que não coneguem abandonar. Em geral, pra tudo ou quase tudo o que vão fazer, ou querem fazer ou ter as pessoas fazem joguinhos, brincam com a cabeça dos menos atentos. É como se houvesse uma certa dificuldade em mostrar-se logo, em falar o que realmente pensa sem se importar com o que os outros vão pensar ou qual vai ser a imagem que o mundo terá disso. Acho isso tão idiota, tão fora de propósito... Mas é assim que é... Ou nós nos adaptamos a esses joguinhos, a esse jogo de esconde-esconde; nunca falando exatamente o que queremos, precisamos ou sentimos, ou seremos deixados para trás. A não ser que você seja forte o suficiente pra bancar o preço que a honestidade custa. Cara... sinceramente, essas coisas me cansam, chegam a quase me irritar. Essas regrinhas que as pessoas impõe pra que as coisas supostamente dêem certo, essa descartabilidade com que as pessoas tratam umas às outras... Acho isso tão feio, tão covarde. Não se deve usar os outros, nunca... Se você não é forte o suficiente pra se virar sozinho, ou não é honesto o suficiente pra dizer que precisa de alguém para um determinado propósito e depois irá simplesmente descarta-lo, o problema é seu. Ninguém tem o direito de usar-se de ninguém como bem entende, nem ao menos de tentar faze-lo. Mas desde o início é assim, e será ainda por muito tempo, talvez até o fim, e eu não tenho a pretensão de mudar isso, e nem tampouco tenho esse poder. Só o que posso garantir é que não vou mais participar desse tipo de coisa, não vou mais me deixar vitimar por isso...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim: disse Deus. - Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.


Genesis: 3:3

domingo, 24 de janeiro de 2010

Why touch the ground when we can fly away to dreams?



Me deixem...
Seja qual for a profecia. Deixe vir, deixe ser
Pode ser que eu amanhã acorde e tudo esteja aqui
Seja qual for a profecia. Deixe vir, deixe ser
Viva tudo o que há para viver
Seja um prazer, seja uma tristeza
Uma imaterialidade tão sólida
Quanto o chão sob meus pés
Um sonho e um desejo.
Meu sonho é um desenho, mas não daquilo
que eu vejo.
Sem dúvidas e sem certezas
Sem medo e sem coragem, sem dor e nem alento
Nem horas, nem mesmo tempo...
Nem humilde nem soberbo
Sem "talvez", sem meio termo
Sem motivo, sem razão
Seja qual for a profecia. Deixo vir, deixo ser
Só assim posso entender.
Assim sou diferente a cada dia
E na diferença sou mais eu
Seja qual for a profecia, Eu deixo vir, deixo ser
Afinal, quem sou eu para saber?
Seja qual for a profecia
Deixo vir, deixo ser, vendo para entender
Sem virtude nem vício, sem fim e nem início
Seja qual for a razão, seja qual for o dia
Seja o céu ou seja o chão
Seja qual for a profecia
Eu deixo vir, eu deixo ser
Que assim seja...

- André Walker -
Era um fim tarde, de outono. De clima ameno, uma brisa agradável soprava vinda do leste trazendo os últimos resquicios do calor do Sol que ja estava por se por. O céu sustentava o brilho do fim do dia, em tons de laranja e purpura que se encontravam num ponto em comum, circunscritos pelo azul escuro estrelado da noite que estava por vir. E ele caminhava em direção ao horizonte. Em sua mente, cheia de antigas memórias, registros de longas eras pareciam segundos, enquanto as lembranças recentes pareciam perdurar por eras.
Por entre as ruas vazias ladeadas por antigas e belas construções uma voz ecoou. Ela chamava seu nome.
- Chuck! Espere! - Ao ouvir a voz da garota ele parou, e girou sobre os calcanhares.
- Você me encontrou!... - Disse ele num tom simpático e sereno.
- Para onde você vai? Não pode ir embora assim. - Argumentou ela.
Ele continuou caminhando. Mas agora diminuiu o passo para que ela pudesse acompanha-lo.
- Claro que posso! Não é pra isso que serve a... "vida" é como vocês a chamam, não é? Para fazermos com ela o que quisermos, sem nos importarmos com o que isso causará aos outros. - Disse Chuck num tom sereno mas sem esconder a dor.
A paisagem começava a mudar a cidade ia ficando para trás e a rua de paralelepipedos se transformava numa estrada de terra batida e as belas e antigas casas davam lugar a casas mais distantes umas das outras e a àrvores de folhas amareladas que voavam com o vento, espalhando um aroma agridoce pelo ar. Chuck respirava fundo, sentia o aroma ora doce ora mais alcalino, vindo das folhas e da grama esse cheiro parecia reconforta-lo. Tudo ainda era muito novo para ele.
- Pra onde você vai, Chuck? Pode me dizer? - Ele olhou para a jovem garota com uma expressão austera e não disse nada. Depois de um breve instante respondeu:
- Eu não tenho para onde ir, então eu vou para todos os lugares e ainda assim para nenhum. A "vantagem" de não ter um lar, se é que se pode chamar assim, é que qualquer lugar é seu lar.
- Você vai andando? Não vai se cansar de andar Chuck?
- Vou ter que ir andando... Ja não tenho mais asas. Você sabe! Agora vou ter que caminhar e me cansar... Mas talvez isso seja bom, talvez eu durma melhor depois de me cansar. Talvez eu sonhe essa noite! Uma das melhores partes da "vida" é sonhar, em minha outra vida eu não dormia, nem sonhava.
- Mas também não tinha pesadelos! - Disse ela num tom levemente soturno.
- Me diga, Melany. Como eu poderia recusar o dom de sonhar simplesmente por ter medo de ter pesadelos também? - Melany sorriu.
A noite começava a se adensar e as estrelas pareciam mais brilhantes contra o céu de um profundo azul escuro, o vento do outono ainda trazia o calor vindo do leste.
- Posso te fazer uma pergunta Chuck?
- Claro, claro que pode...
- Você não se arrepende de...
- De ter desistido das minhas asas e da imortalidade? - Completou ele - Não, de forma alguma.
- Mesmo depois do que aconteceu? Mesmo depois de Jasmin ter deixado você. Mesmo depois de não ter te escolhido depois de tudo?
- Mesmo depois de tudo isso. Eternidade talvez não se resuma a viver para sempre e ser testemunha de todas as eras do mundo. Talvez a eternidade também esteja nos momentos que marcam sua alma, seu ser. Ainda que tenham sido verdadeiros apenas para você. Mas, confesso que não sei se a dor é um bom preço a se pagar.
- E você acabou pagando esse preço Chuck. Sinto muito.
- Eu também! Eu também sinto muito Melany. Mas não só pelo que aconteceu comigo, mas por tudo o que descobri sobre os humanos. - Neste momento uma brisa soprou e lançou folhas secas douradas no ar, num movimento suave Chuck apanhou uma delas
- Os humanos são assim Melany. - Disse ele estendendo o braço e exibindo a folha seca pousada sobre a palma de sua mão.
- Assim como? - Perguntou melany.
- Como folhas ao vento. Eles se desprendem facilmente das pessoas que dizem querer bem. Das pessoas que lhes deram abrigo, sustentação. Assim como as folhas se desprendem dessa árvore, ficam lá por um tempo até que uma brisa as leva para longe e depois...
- E depois?
- Depois elas... - Ele esmagou a folhas seca com uma das mãos. - Escolhem cair em mãos que só fazem destrui-las.
- É... Acho que você está certo Chuck. Eu gostaria de saber por que eles são assim.
- Eu também gostaria de saber. Mas acho que isso nunca vai acontecer.
- E por que não?
- Jasmin foi a folha que se desprendeu de mim. Só ela pode responder por que me levou mais alto do que minhas asas de anjo jamais fizeram e depois me deixou cair.
- Ela foi a folha que se desprendeu. - Sussurou Melany, mais para sí mesma do que para Chuck.
- Sim, ela foi.
- Chuck...
- O que?
- Você imaginava que isso poderia acontecer? Que Talvez você desistisse da sua imortalidade, de poder voar, e depois ela talvez o abandonasse?
- Sim, imaginei que pudesse acontecer.
- Então por que...
- Um dia um sabio da raça de vocês disse que "viver é a coisa mais rara do mundo; a maioria das pessoas apenas existe." Eu simplesmente preferi tentar viver ainda que por um tempo limitado, tentar viver uma emoção ainda que também limitada pelas cirsunstacias, do que eternamente apenas existir.
- Você está pagando um preço.
- É um preço que eu sempre estive disposto a pagar para descobrir de que as pessoas são feitas. Para entender por que mesmo inconscientemente elas usam umas as outras. Por que nunca dizem a verdade, nunca expõe seus pensamentos claramente desde o começo.
- Você está dizendo que ela poderia ter evitado que você desistisse de suas asas?
- Não. Eu desisti de minhas asas e da vida eterna por que quis! por que era meu desejo. Estou dizendo, não que ela deveria ter evitado que eu desistisse de tudo. Mas sim, que não deveria ter fingido que isso mudaria algo em sua vida.
Sem dizer mais nada ele apertou o passo e seguiu em frente.
Nada mais seria como antes. E ele nunca mais voltaria.





- André Walker -
Nossa! Sabe quando você deixa as coisas irem longe demais? Até que chega uma hora que você perde o controle? ... Aí você tem que ir embora, esquecer e começar tudo denovo... Estou tendo que fazer isso agora. Estou escrevendo agora porque quero me lembrar disso depois. Lembrar que houve uma vez em que eu deixei as coisas chegarem muito longe e quase me lasquei por isso. As coisas na vida meio que tem um preço... É bom ter uma noção boa de qual será o preço a pagar pelas coisas que você quer. Se não fizer isso fatalmente ira se ver numa situação quase incontrolável... Por assim dizer. Esse é um daqueles momentos que eu tenho que ser honesto comigo mesmo pra parar e pensar e mudar de rumo... continuar vivo = )
"Honestidade pra manter o sangue quente"... Eu não eu onde achei que estava indo. Ou melhor, eu pensei que estava indo, mas não estava indo pra lugar nenhum! Estranho, não? Só posso dizer que agora sei que estou indo. E sei pra onde estou indo! Estou indo embora... Estou indo me visitar , ver como eu estou e do que eu preciso, não sei quando volto... Eu moro longe...


Ps:

Imagino que os dois posts a cima sejam os últimos em muito, muito tempo... Sem mais, agradeço a atenção dispensada! Fui...


A.W

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu caminho sozinho...


É provavel que ninguém entenda o que quero dizer... Mas mesmo assim


...Eu caminho na rua, principalmente à noite. Gosto de andar por aí, conversar comigo mesmo. Eu vejo as pessoas, em grupos, trios, casais. Sempre, sempre juntos. Principalmente casais. Eu vejo que passam por mim como se não me vissem, como se eu não estivesse ali... Ainda que eles olhem na direção de onde estou, parecem não me ver ou simplesmente não prestar atenção, é como se ja tivessem o que precisam. No caso quem está ao lado. reparo mais nos casais porque... Por que será? Por que eu nunca consegui uma mulher que brisasse comigo, talvez?
Eu reparo muito nisso, porque ando muito, muito mesmo por aí... E sempre, sempre sozinho. Com o tempo você se acostuma!... De verdade, você se acostuma a estar sempre sozinho. Mas se acostumar não significa gostar, nem tampouco querer continuar assim. Volta e meia eu sinto uma sensação de tranquilidade, de calma, por estar sozinho, andar sozinho, ir comer fora sozinho, ir ao cinema sozinho, viajar sozinho... Tem coisas, momentos que você quer dividir... Tem vezes que eu estou andando, as vezes muito longe de casa aí vejo uma casa antiga, ou uma árvore legal, a forma de uma nuvem, enfim... Essas coisas aparentemente bobas, mas que só acontecem uma vez daquela forma e você quer que haja mais alguém ali pra ver também, pra comentar... Isso é uma coisa que eu nunca tive. Simplesmente não sei como é. Não sei como é ter alguém pra chegar e falar "nossa! olha lá a cor muita louca que o céu está..." ou "olha só hoje tive uma ideia muito foda..."
Se um dia surgisse na minha frente um sábio ou um mago, e dissesse que responderia a qualquer pergunta que eu fizesse, a primeira coisa que eu perguntaria seria: "Por que eu sempre estou sozinho?"
Os dias vem e vão e desaparecem em semanas e meses que se tornam anos, e eu estou sempre aqui, apenas na companhia de mim mesmo... Não importa o que eu faça, isso não muda... Nunca muda. Quando eu penso que vai acabar tudo volta ao começo e eu me vejo novamente "caminhando sozinho"... Sei lá é estranho... Talvez ninguém entenda, é estranho viver sem ter ninguém que queira realmente dividir algo com você, ou ouvir o que você tem a dizer, o que pensa... Mas ouvir mesmo, ouvir de verdade. Isso é estranho... As vezes beira o assustador... Mas talvez simplesmente seja assim, e ponto... Eu nunca gostei, nunca fui de aceitar que as coisas sejam de uma jeito e não se possa muda-las, mas com isso funciona assim, é a única coisa que por mais que eu tente nunca consigo mudar... Eu continuo tentando, ainda sem resultado e esperando que algum dia em breve algo que eu possa fazer mude isso, mas enquanto isso eu continuo aqui... Eu caminho sozinho...





Ps: só pra completar o pensamento:

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sinta a magia surgir

Essa é a tradução da música que eu compus, cuja letra ta lá embaixo...
Não tive tempo de escrever no dia então aqui está!... ^^


"Sinta a magia surgir"



Eu vou viver e lutar contra as sombras
Eu vou me sentir vivo
Resolver as charadas da vida
Apenas sinta a magia surgir
Meus olhos refletindo o céu
E eu mantenho velhas fés
Continuo em meu caminho...

Eu não vou deixar velhas fés morrerem
Eu sinto a magia surgir e o sangue
Correndo em minhas veias...
Muitas estórias permacem sem ser contadas
Sobre mentes livres das correntes

Eu vou enterrar todas as dúvidas e lamentos no tempo
Deixar que eles todos desapareçam
Ha tanto para sentir
Então deixe seus medos irem embora...
O tempo enterrará à todos eles
As nuvens deixarão o céu da sua vida

Desvende os enigmas da vida encontre as respostas
no vazio, no lado intrínseco
Não as deixe morrer, as velhas fés...
Essa vida de sinais imprevisíveis

Não deixe as velhas fés morrerem
Sinta a magia surgir
Não deixe as velhas fés morrerem, não!
Sinta a magia surgir
Da sua mente e alma
Brilhando através de seus olhos
E não limite sua fantasia

Deixe isso tudo desaparecer
Ha tanto para sentir
Então deixe seus medos irem embora...
O tempo enterrará à todos eles
As nuvens ja deixaram o céu da sua vida

Não deixe velhas fés morrerem
Sinta a magia surgir
Não deixe velhas fés morrerem, não!
Sinta a magia surgir
Da sua mente e alma
Brilhando através de seus olhos
E não limite sua fantasia
Veja a magia com seus olhos
o tempo enterrou tudo
As nuvens ja deixaram o céu da sua vida
Agora seu mundo irá mudar
Você está perto de perceber

Sinta a magia surgir
Não deixe velhas fés morrerem, não!
Sinta a magia surgir
Da sua mente e alma
Brilhando através de seus olhos
E não limite sua fantasia
Veja a magia com seus olhos
Eu vejo!

domingo, 17 de janeiro de 2010

A Estrada em frente vai seguindo
Deixando a porta onde começa.
Agora longe já vai indo,
Devo seguir, nada me impeça;
Em seu encalço vão meus pés,
Até a junção com a grande estrada,
De muitas sendas através.
Que vem depois? Não sei mais nada


- J.R.R Tolkien -

sábado, 16 de janeiro de 2010

Feel the magic rise

Bom, esses dias eu tava tocando um tecladinho em casa... Me surgiu a ideia inicial, e compus isso... Bom só a letra aqui... qualquer dia posto o instrumental...! = )



Feel the Magic Rise -
(Letras e música by André Walker)




I'll live and fight the shades
I'm gonna feel alive
Solve life's charedes
Just feel the magic rise
My eyes reflecting skies
And I keep old faiths
I keep my way...

I don't let old faiths die
I feel magic rise and blood
Runing in my veins again...
Many tales untold remains
Of minds free from chains

I'll bury doubts, complains in time
Let it all fade out
There's so much to feel
So let your fears go...
Time will bury it all
Clouds will leave your life sky

Crack the life's riddles, I'll find the answers
in the empty, in the instrisic side
Don't let die, old faiths...
This life of unpredictable signs

Don't let old faiths die
Feel the magic rise
Don't let old faiths die, no!
Feel this magic rise
From you mind and soul
Shining through your eyes
And don't you bound your fantasy

Let it all fade out
There's so much to feel
So let your fears go...
Time will bury it all
Clouds just left your life sky

Don't let old faiths die
Feel the magic rise
Don't let old faiths die, no!
Feel this magic rise
From you mind and soul
Shining through your eyes
And don't you bound your fantasy
See magic with your eyes

time has buried all
Clouds just left your life sky
Now your world will change
You close to realize

Feel the magic rise
Don't let old faiths die, no!
Feel this magic rise
From you mind and soul
Shining through your eyes
And don't you bound your fantasy
See magic with your eyes
I can see

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sou eu, o pior e o melhor para mim
Eu sou o começo e o fim
Do meu bem e do meu mal
E a vida é um espelho, tal,
Que reflete expressão do meu rosto.
É tudo o que tenho nas mãos
O meu "sim" e o meu "não"
Que mudam minha vida
São um ponto de partida;
Dão a ela mais gosto
Num dia sou meu próprio rei,
No outro escravo de mim mesmo
Das coisas que não sei
Dos passos perdidos, a esmo.
Não temo a vida
Ela apenas reflete meu ser
A imagem do meu próprio rosto
E tudo o que ha de se fazer
É dar algum sabor ao desgosto
Eu faço da vida um sorriso
À imagem do meu próprio rosto.
O inferno e o paraíso
Nem sempre são o oposto
Num mundo onde tudo é um reflexo
Da imagem do meu próprio rosto.




-André Walker-


Algo mudou dentro da minha cabeça... Da pra sentir isso...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Avatar


Eu gosto de filmes que além de serem bem produzidos e proporcionem uma experiência divertida (sensorialmente falando), também passem uma mensagem válida de alguma forma. E que ainda que seja fictícia possa ser tangível quando se traça um paralelo com a realidade. Eu gosto de filmes que mexam com os meus sentidos, que desencadeiem perguntas na minha mente. Que me emocionem de uma maneira singular. Avatar foi um filme que me proporcionou todas essas experiências (que eu admito que não esperava antes de assistir). A história trata de um conflito mais do que épico entre os "colonizadores" humanos e os nativos de uma das luas de Polifemo chamada Pandora (no ano de 2154 d.c). Os humanos entram em guerra contra os Na'vi os habitantes nativos de pandora. E pra variar os humanos gananciosos iniciam essa guerra (desleal a favor dos humanos do ponto de vista tecnológico) afim de ususrpar os recursos naturais do mundo dos Na'vi. Estes, vem a sí próprios e a seu mundo serem destruídos pelas máquinas de extração e de guerra humanas. O filme apresenta um contraste bem definido entre a natureza gananciosa do ser humano e sua falta de ligação com a vida em sí e com a natureza da qual veio e faz parte, e a devoção, e ligação harmoniosa dos Na'vi com a natureza e toda forma de vida existente em seu mundo. Além das imagens impressionates, de beleza impressionante concebidas pela mente do diretor e escritor do filme James Cameron, o que me impressionou foi a capacidade que essa história teve de me cativar, e de me mostrar através de um mundo e de personagens ficticios* a maneira certa de ver o mundo real* Os Na'vi são exatamente a escencia daquilo que o ser humano deveria ser, ou daquilo que um dia ja foi e se perdeu... A capacidade de amar aquilo que o criou e que o alimenta, de estar ligado a toda forma de vida acima e abaixo dos nossos pés e do mundo em sí, ja que nós somos filhos desse mundo e a vida dele é a nossa própria vida. Ver estórias como essa me emociona como emociona provavelmente qualquer um que tenha o mínimo de senso crítico. Mas também me deixa triste por reafirmar dentro da minha mente, como o ser humano pode ser cego ainda que tenha olhos que enxergam todas as cores, como pode se expressar tão mal perante a natureza ainda que tenha infinitos idiomas e nesses idiomas haja infinitas palavras que podem descrever tantas coisas, e possa ser tão limitado ainda que tenha uma mente capaz de conceber ideias que vão além das coisas que seus olhos vêem. Ver esse filme me fez atinar para o fato de que talvez nosso mundo esteja em vias de morrer porque nossa capacidade de vê-lo, entende-lo e entender a nós próprios como parte dele também está. Isso é triste... Nossa raça passou séculos a fio olhando para o céu, extraindo sem agradecer, tudo o que queria e mais do que precisava, passamos séculos procurando o paraíso e nos esquecemos que ele existe e nós o estamos destruindo...