domingo, 13 de dezembro de 2009
Anjos e Demônios...
Eu me sinto um estranho nessa Terra... Embora nem sempre tenha sido assim.
Á noite quando eu fecho os olhos, quando eu assimilo a vida, as lembranças voltam. Mas por muitas vezes eu sinto como se recuperasse lembranças de coisas que eu nem sei se aconteceram. É como se eu me lembrasse de um dia ja ter vivido num mundo muito parecido com esse, mas de alguma forma diferente. Talvez seja apenas o espólio de uma concepção de um mundo onde eu gostaria de viver, com pessoas, lugares e épocas parecidas com estas, mas em sua essência diferentes.
Eu não sou mal, nem bom, sou apenas da forma que minha consciência e as circunstancias exigem que eu seja, mas seja como for, eu sou sempre eu. O que no mundo onde vim parar, as vezes parece inútil e fora de propósito. Afinal, a sinceridade pode mesmo tirar alguém do lugar onde está, e levar esse alguém para um lugar melhor? Ou, pelo menos mante-lo onde está, firme sobre seus próprios pés, quando você abaixa seus escudos e se desarma, venha o que vier?...
Eu começo a me convencer que o conhecimento (da vida como ela é), ao mesmo tempo que te liberta, te atira aos leões e te deixa na dependencia da força de suas próprias pernas. mas você sabe que não poderá correr mais que eles, Os leões. Então, o que fazer? Você sabe que eles desejam o seu sangue, e que a natureza os fez mais fortes e mais rápidos que você. Mais fortes porque eles não exitam em atacá-lo pra sobreviver. Não exitam em usar sua força deslealmente maior pra capturar a presa, pra satisfazer seu desejo, a despeito dos desejos de sobrevivência da presa. Alguns esperam o impossível o impensável... Esperam que o predador exite, e esses infelizmente não são poupados... E diante disso, tudo o que resta a fazer é deixar seus instintos me dominarem, me tornar um dos Leões, deixar de ser aquele que é atacado e passar a ser o que ataca, o que corre, corre apenas pra satisfazer sua própria necessidade de sobreviver. Infelizmente, o mundo onde vim parar está cheio de Leões. Um mundo onde somos obrigados a vagar por emoções reprimidas, e às reprimimos porque as emoções nos tornam fracos, e tiram nossa qualidade de predador. E infelizemnte, quando você empurra uma montanha de circunstâncias e ela não se move, significa que é você quem dever se mover e não a montanha. Num mundo de predadores e presas se você não é o predador, você fatalmente será a presa... A decisão final, é sua, e você está sozinho. - "Seja rápido ou morra", é isso o que as vozes do mundo dizem.
Alguns dizem que somos vítimas de nós mesmos, mas, não! Nós somos vítimas de nossas escolhas, escolhas que são motivadas pelo desejo, e o desejo em sí mesmo é um forma de custódia.
As vezes a vida parece resumir-se a uma decisão cruel entre se deixar levar por desejos inconsequentes ou deixá-los pra trás e se entregar à frieza da sobriedade... Por fim, o dom da decisão é a minha maior dádiva e a minha maior maldição.
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Eu acredito que devemos entender os dois, até porque nem sempre alguém será presa e nem sempre será predador. As vezes o predador tem que se cuidar para não ser atacado e a presa deve tomar decisões para a vida não deixá-lo eternamente na defensiva.
ResponderExcluirEntão no fim somos os dois, esperto é aquele que consegue conciliá-los na hora certa ^^
Mto bom seu post, viu?
Vou pensar mais a respeito.
Beijão!