quinta-feira, 23 de agosto de 2012

É como querer-se explicar aquilo que nem ao menos se entende
E mais do que isso querer que os outros entendam como você
Aquilo que nem mesmo você entende.
É uma criação de imperfeição, tão perfeita que não se vê
Mas ainda assim quer-se agarrar com as mãos aquilo
Tudo que nem mesmo a mente pode compreender ou o coração
Sentir em sua plenitude
É como querer ensinar o infinito a como ser infinito



- André Walker -

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Todas as coisas...


Compreensão. Esse é o grande ponto, e a grande ponte que separa as pessoas. A inabilidade em ouvir e mais do que ouvir, sentir as palavras que saem da boca de outra pessoa, da forma que são, como expressões dos próprios sentimentos. E se não compreendemos as palavras, como nos julgamos, ou podemos nos julgar capazes de compreender um sentimento? Quantos mais nos julgamos aptos a compreender os sentimentos alheios, menos o somos. Não se pode compreender um sentimento, assim como não se pode saber o que há, de fato no núcleo do Sol, já que não se pode tocá-lo, de modo que a única forma de determinar isso é através das imagens que temos de sua superfície - As palavras, as atitudes, as demonstrações, disso ou daquilo, são a superfície dos sentimentos, e sem a correta interpretação disso não há como se saber o que há no núcleo deles. Cada um de nós tem sua forma de ver as coisas, essa pode ser tocada, é palatável, e sobretudo cada um de nós tem sua maneira de SENTIR as coisas, e essa pode ser deduzida, imaginada, mas a única forma de fazê-lo é quando os ouvidos estão tão aptos e ávidos a ouvir, quanto a boca está à falar; acima de tudo quando a alma está tão disposta a compreender, entender, quanto a mente está disposta à julgar, condenar. Porque em tudo, a visão humana é absolutamente limitada, da mesma forma que todo aquele que credita ter alcançado um saber definitivo não sabe nada. Porque você pode achar que sabe quantas estrelas existem no céu, ao final da tarde, até que anoitece e você se dá conta de que aquilo que conhecia era muito menos do que uma mísera fatia da verdade... Eu, sei que há um preço a se pagar pela sinceridade, e por isso o que mais me magoa não é a intolerância ou a inabilidade das pessoas de perceber que há várias formas de SER, e que muitas delas estão muito longe de ser condenáveis, mas sim a falta de interesse por enxergar a si mesmas como são. E como nós somos? Somos seres complexos, incompletos, e acima de tudo DIFERENTES em nossa essência. E explicar nossa forma de agir, ou tentar fazer com que as pessoas sejam parecidas umas com as outras, ainda que em apenas alguns detalhes, é como querer que todas as flores do mundo tenham o mesmo perfume, a despeito de terem nascido de diferentes sementes, de terem sido cultivadas em diferentes solos, ou de terem recebido mais ou menos água das chuvas. Diferentemente dos animais nós fomos dotados de sentimentos e essa é, possivelmente, a maior dádiva da criação, e isso é algo que foge ao nosso controle, os sentimentos, porque é algo que está em nós, mas não foi criado por nós. Então, como pode-se julgar certa ou errada a maneira que um filho se dirige a um pai, sem que se conheça a base dessa relação? Como pode-se julgar reto ou tortuoso o curso das águas - de sua fonte até sua extinção - sem conhecer-se por completo o trajeto do rio? Eu faço questão de dizer que minha intenção, não é de maneira nenhuma simplesmente escrever palavras bonitas, já que as palavras não seriam nada sem o significado por trás delas - os sentimentos - e dessa forma eu posso dizer que aqui estão meus sentimentos, ou pelo menos o mais próximo da expressão deles, que as palavras poem reproduzir. Eu posso dizer, sem medo algum, que a maior parte dos meus momentos é de paz de espírito, de alegria, embora ninguém seja "feliz" e tampouco "triste" ou calmo, ou agressivo, ou generoso, ou mesquinho, já que todos os sentimentos são meramente transitórios dentro dos corações dos imperfeitos, dos homens - dos nossos corações. Por isso eu não me permito à ação de julgar, de presumir, de concluir que isso ou aquilo, ou essa ou aquela formas de pensar, de sentir, já que tudo isso é meramente transitório e de forma alguma mostra o todo da natureza humana. De forma alguma mostra o todo de suas reais crenças, de forma alguma mostra o todo de sua ligação com o altíssimo, com o que não se pode nomear ou compreender ou mesmo enxergar através da limitadíssima janela que é o entendimento humano. Nenhum de nós têm a chave que abre o cofre da verdade ou a luneta que permite enxergar aquele imensurável, incompreensível, infinito e indecifrável que acendeu a luz da criação. E ainda, mesmo dentro de nossa infinita falta de compreensão daquilo em que nós mesmo acreditamos, muitos de nós, nos permitimos julgar a forma dos outros de sentir aquilo que é inexplicável.  É triste, se pensar que praticamente todos creem poder dominar a melhor forma de ser humanos. E por fim, eu creio e mais do que CRER eu sinto, que perdidos em meio a tudo isso, aos julgamentos, as tentativas de fazer o infinito caber dentro de uma caixa, muitos de nós nos esquecemos da compaixão, e do amor incondicional que deveria habitar em nós. E eu creio, e mais do que crer eu sinto que DEUS é sobre todas as coisas o amor, o amor incondicional. E em sua busca insaciável por tentar fazer com que as pessoas invariavelmente vejam as coisas à sua maneira as pessoas estão se esquecendo dele, que é a razão inicial e final de todas as coisas...


- André,

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quando eu me encontrava na metade do caminho de nossa vida, me vi perdido em uma selva escura, e a minha vida não mais seguia o caminho certo. Ah, como é difícil descrevê-la! Aquela selva era tão selvagem, cruel, amarga, que a sua simples lembrança me traz de volta o medo. Creio que nem mesmo a morte poderia ser tão terrível. Mas, para que eu possa falar do bem que dali resultou, terei antes que falar de outras coisas, que do bem, passam longe.

°A divina comédia°
- Dante Alighieri - (1265 - 1321)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

The most of things we follow are, no more than, ideas - but we are flesh and blood - but sometimes those ideas do touch our flesh, although they aren't a part of it, and this, this is our mistake...



- Andre Walker -

terça-feira, 31 de julho de 2012

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Interlúdio.

sábado, 14 de julho de 2012

Agio O Fantasy

http://www.facebook.com/pages/Agio-O-Fantasy/390160411046717




Agio O Fantasy  \m/


Como vocês podem perceber estive longe do Blog,mas é por um bom motivo,minha nova banda...


CURTAM-NA!



- André Walker -

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Inexplicável













Palavras... Palavras não são só caracteres que se juntam numa ordem coerente para, dessa forma, formarem palavras que dizem, ou não, alguma coisa. As letras servem, juntas, basicamente para reproduzir os sons produzidos pelo ser humano, sons que provém de ideias, ideias que provém de sentimentos. Palavras são sentimentos! Sentimentos registrados de forma palatável, palpável, de forma que você quase pode tocá-los. Seria ótimo que eu sempre pudesse escrever e que você sempre pudesse ler, porque assim estaria sempre tocando meus sentimentos, e eles estariam sempre com você. 
Agora, diferentemente de antes, as coisas fazem sentido. A melhor explicação para todas as coisas é quando algo faz sentido mesmo sem que você, de fato, entenda. Você, seus olhos... Sua voz, o cheiro da sua pele, do seu cabelo, a textura da sua voz - tudo isso faz sentido - mesmo sendo incompreensível, mas explicar isso é impossível. Explicar isso é o mesmo que tentar explicar a existência do dia e da noite; a luz do dia é necessária para que os olhos possam enxergar, possam ter clareza á respeito de para onde vão. E a noite traz o silêncio e o conforto para que possamos descansar, mas ainda assim, embora saibamos que o dia e a noite são necessários, não sabemos porque eles existem, um após o outro, desde antes de nós surgirmos... E assim é você. Você é meu dia e minha noite, sem "porque" e é simplesmente por ser e se explica simplesmente por existir. Com a naturalidade de tudo o que é perfeito - A perfeição, que não é perfeição pela ausência de falhas, mas por ser fabulosa apesar delas. 


- André Walker -

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Autenticidade

Não há nada mais estúpido do que aquilo que tentamos ou fingimos ser em público, em frente a outros. Porque a genuinidade, a autenticidade e honestidade das coisas se dá naquilo que somos para nós mesmos, naquilo que pensamos no íntimo e que ninguém mais tem acesso a não ser que nós mesmos revelemos. Muito foge da honestidade aquele que, por vezes, aparenta "a" ou "b" diante de um "público", diz "a" ou "b" e discursa eloquentemente para terceiros, e então no íntimo, para si mesmo e quando outros, ou pelo menos "muitos outros" não podem ver, agem com desfaçatez, com perfídia. Por isso, os maiores atos de hombridade, se tomam de si mesmo para si mesmo. Porque tudo aquilo que se expõe aos outros, como mera forma de, falsamente, elevar seu próprio estado de espírito, é falso. Pois o que se diz, se faz, ou se mostra para os outros é absolutamente falso sem que se tenha a verdadeira honestidade, é como palavras ao vento - que são lançadas e atingem sempre aos outros, mas nunca a si mesmo. Se quer ser autêntico, seja primeiro consigo, porque tudo aquilo que for lançado será lançado contra você mesmo, e desta forma será possível compreender e quantificar o quão limpas, autênticas ou corretas são as suas palavras, ações ou atitudes perante outros...








- André Walker -

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A vida...

Não deixe que o negrume do lado frio da verdade
Se erga, do vazio, do incompreensível da vida
Não o deixe enegrecer seus olhos, afastá-los da verdade
Do lado que nos aquece, do alimento, da mais doce prece
Que vive, permanece, o calor que jamais se esquece
Que sempre aumenta, nunca decresce, sonho que jamais perece
O caminho que leva, sempre, à saída
não para a morte, mais para a mais infinita vida
Sem mais da amarga despedida, a luz mais bem definida
da estrela jamais esquecida...
Ela, que por si só responde à tudo
... A vida.


- André Walker -

terça-feira, 17 de abril de 2012

E todo aquele que credita ter alcançado um saber definitivo não sabe nada, porque você pode achar que sabe quantas estrelas existem no céu, ao final da tarde, até que anoitece e você se dá conta de que aquilo que conhecia era muito menos do que uma mísera fatia da verdade...


- André Walker -